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domingo, 26 de janeiro de 2014

Descoberta

Descobri que amor não morre
hoje no instante em que te vi
que cada lágrima que não escorre
inunda minha vida sem ti.

Triste descoberta que me assusta
pois pensara já ter te esquecido
e sigo uma vida injusta
com o coração aquecido.

Terei você sempre comigo
nos sonhos que tenho a noite
Será sempre meu abrigo,
meu amor, alegria e açoite.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Inspiração do Almoço

Sozinha nesta cidade já há alguns dias, tenho procurado almoçar em lugares diferentes. Apenas por capricho.
Hoje escolhi um pequeno e aconchegante restaurante no centro da cidade. Após checar com os olhos as condições higiênicas locais, servi um prato quase ecologicamente correto. Arroz, batatas coradas e muita salada contrapunham o filé de peito de frango grelhado que por sua vez, trazia a lembrança os meus amigos vegans. Oro por eles.
Sabor agradável, temperatura idem (o restaurante de ontem servia comidas totalmente fora dos padrões aceitáveis de temperatura). Deliciei-me neste que tem sido o melhor momento dos meus dias por estas terras montesclarenses: o almoço.
E teria terminado bem, não fosse a pergunta que fez com que uma onda de adrenalina lavasse meu sangue. "Aceita sobremesa?" disse a garçonete com uma voz tão doce quanto o pudim de leite condensado que veio ironicamente oferecer. Posso jurar que havia traço de sarcasmo no cantinho do sorriso dela. Como não sou de levar desaforo pra casa, aceitei!
Foi então que percebi algo diferente no meu sistema digestório. Tudo o mais que havia deglutido até então, inclusive o suco de laranja que me acompanhou, seguiu o percurso natural da digestão. Mas aquele pudim (sim, eu tenho certeza!) ao descer pelo esôfago, pegava um atalho e se alojava imediatamente na região da cintura e abdômen. Era possível sentir aqueles pedaços de prazer se transformar em mais um centímetro de circunferência.
Naquele momento veio a minha mente cada uma das sessões de carboxiterapia e corrente russa. Agora entendo o porque da dor... Aquelas agulhas tinham que purgar algo.
Finalmente, está findo o desafio. Suores discretos brotando na fronte denunciavam a batalha travada. Creio que o saldo foi positivo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Adolescendo

Dos muitos lugares que habito
há um que me satisfaz
De um sol infinito
trás de volta minha paz
Memórias ainda em brasas
tanto amor e descobertas
Mostrou que tenho asas
manteve sua porta aberta
Me alimenta de tempo e dor
me dá alegria e cor
mesmo longe sinto seu calor
Em você sou plena, amena
Meu eterno e primeiro amor.