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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Confesso

Perdoa-me por ter te esquecido
por negar flertes que ardiam
e nesta ardência divergir signos
e no significado me perder.
Por ti verti prazeres
e por ver-te senti quereres
coisas que faço tão minhas
pretéritos que busco em mim.
E nos idos bons das lembranças
o que de mim não é próprio derramo
viajo em teu profundo silêncio
e, planando, velo teu riso.
Fostes antes meu tudo
hoje branca folha como carta
nunca escrita ou enviada.
Fotografias não reveladas...
Frios invernos resumidos
em solo que exploro e não acho nada
exceto amores e dores
que nunca confesso.