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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Finitude

Me dei conta da finitude de coisas que sonhava eternas
e de que certas durezas escondem
solos férteis de medos confusos.

Me dei conta de que as lágrimas que julguei me faltarem
já as havia derramado nas desilusões
e tristezas dos primeiros amores.
Outras podem simplesmente estar sendo guardadas
para irrigar sentimentos maiores e mais maduros
em um futuro incerto.

Me dei conta de que amadurecer dói
e de que a maior dor é aquela
que está fora do seu corpo
por não haver como controlá-la.

As marcas do muito pensar escavam rugas em minha face.

Buscas em gavetas esquecidas trazem diferentes sentimentos
como o alento da inocência perdida
e a decepção das verdades encontradas.

Em algumas há sangue seco
lembrando que as feridas cicatrizadas
no correr do relógio já foram profundas...
mas se curam...