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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cópia infiel

Das obras que me lêem fui criada,
nos ocultos da vida me perdi,
cópia infiel das loucuras que vivi,
traduz os desvios de minha estrada.

Cada linha que componho inebriada
faz parte de histórias que ouvi
Nada há de original, só malcriada.
Impressões de dores que senti.

Trovas, rimas, estrofes, versos
sobrepõe sentimentos imersos
revelam os ora dispersos.

Barroca, Árcade, Romântica, Moderna
Escrevo sentada em uma taberna
sempre desejando tornar-me eterna.

Sonhos

Sou movida a sonhos
e a realidade me atropela.
O impulso que me falta,
a fala que me cala,
a ausência que me dói.
O bem e o mal que moram em minha caverna.
Abstrações mal resolvidas limitam o tempo.
O tempo...
Moeda que troco com a vida.
Descanso que tenho da lida.
Momento da minha partida.