Olho a poça na rua
vejo meu reflexo
procuro a moça que fui
ou a que desejava ser
Já não há mais nexo
O presente pesa nas costas
os fatos são concretos
duas vezes concretos
reais
pesados
os passos são incertos
Das migalhas que vivi até aqui
não quero nem lembrança
As navalhas que me cortaram
são cegas
como eu.
Sangro...
na pele
nos olhos
na mesa.
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terça-feira, 25 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
Leveza
Era como um balão
vazia de ar
de grandeza sem par
e rara beleza
De tanto lugar
cabia frieza,
cabia incerteza
e muita tristeza.
Mas esse balão
sabia voar
acima de toda a aspereza.
Assim preservava
além da certeza,
também a dureza
daquela princesa.
Pobre balão...
inflada de nada
levada por tanta miudeza
não viu que assim
a vida corria
somente arrastada pela correnteza.
Até que um dia
com grande surpresa
vestida de tanta delicadeza
Furou o balão
soltou a represa
e mostrou a nudeza
daquela alteza.
Algo além
Existe algo além do visível
da palpável e compreensível lógica
da materialidade humana.
Há sempre mais além do possível
que explora a ordem cronológica
do vai e vem da semana.
Algo de bom e de sensível
que pulsa de forma fisiológica
e me faz sentir mundana.
E esse Ser inexprimível
Torna em mim santa analógica
Curvando a outra pessoa profana.
da palpável e compreensível lógica
da materialidade humana.
Há sempre mais além do possível
que explora a ordem cronológica
do vai e vem da semana.
Algo de bom e de sensível
que pulsa de forma fisiológica
e me faz sentir mundana.
E esse Ser inexprimível
Torna em mim santa analógica
Curvando a outra pessoa profana.
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