Olho a poça na rua
vejo meu reflexo
procuro a moça que fui
ou a que desejava ser
Já não há mais nexo
O presente pesa nas costas
os fatos são concretos
duas vezes concretos
reais
pesados
os passos são incertos
Das migalhas que vivi até aqui
não quero nem lembrança
As navalhas que me cortaram
são cegas
como eu.
Sangro...
na pele
nos olhos
na mesa.
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