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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tempo

Peço ao meu relógio para andar rápido.
Dois minutos de cada vez.
Como quando era criança pulando pela calçada
apressada para chegar em casa
e contar histórias que aconteceram
na minha cabeça enquanto na escola.

Rápido.

Afinal há tanto não te vejo...
Que o tempo que ficou para trás
devia ser colorido com tinta invisível
pra não ter como contar.

Às vezes me pego suspensa em nuvens de pensamento.

Calçada com sapatos vermelhos
de salto macio para não te acordar.
E corro atrás de um tempo que finjo não saber contar.
Quando o alcanço me lanço no fundo das horas que sei esperar.
Anda, tempo.
Corre, tempo.
Para o tempo.

Preciso de um tempo mais rápido
que dure o segundo do meu piscar
para fixar a imagem que guardo comigo
do seu me deixar...



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